Por @silverioalvesfilho
Quando eu estava no ensino médio, um professor perguntou: “quem é o cantor que possui mais músicas sobre sexo?”.
Alguns responderam “Safadão”, outros, “Xand Avião”, outros, algum cantor de funk.
Lá do fundão, eu respondi “Roberto Carlos”!
“O home aí acertou”, disse o professor, rindo.
Roberto tem diversas músicas que são sobre sexo, embora a gente nem lembre.
Músicas sobre sexo de verdade, não sobre objetificação da mulher ou comparação de órgãos sexuais com armas de fogo.
A mais bela, para mim, é “Cavalgada”, da letra à melodia.
Como o nome já diz, a letra faz referência a uma “cavalgada”, com o homem que, para “não cair do galope”, agarra-se aos cabelos da mulher, “açoitando-a” com seus beijos e sua “mão mais atrevida”.
A música retrata a intensidade de uma relação sexual homem que “se perde na madrugada” para ser encontrado no abraço daquela mulher.
Aqui, o homem não xinga nem trata a parceira como objeto.
Ao contrário, ele se entrega totalmente a ela, sem se importar se a domina ou se é por ela dominado, sem se importar se ali ele é um gigante imponente ou nada mais do que um menino inseguro.
O homem atribui tanta grandeza àquele momento, que diz que as “estrelas mudam de lugar e chegam mais perto só pra ver”, e que até o sol espera que o ato acabe para que possa nascer.
Já não se fazem mais músicas de sexo como antigamente.