Do DCM- A rede social X, de Elon Musk, admitiu na última sexta-feira (26) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que usuários de várias contas bloqueadas pela justiça utilizaram “vulnerabilidades” para permanecer ativos na plataforma, conforme informações do UOL.

Segundo a representação do X no Brasil, os titulares das contas bloqueadas recorreram à criação de novas contas e à exploração de falhas no sistema para continuar suas atividades, desafiando tanto as ordens judiciais quanto as regras da plataforma.

O ministro Alexandre de Moraes intimou a plataforma no sábado para explicar o suposto descumprimento parcial das ordens judiciais contra essas contas. A Polícia Federal (PF) informou ao magistrado que pessoas com contas bloqueadas no X conseguiram participar de transmissões e interagir com outros usuários na plataforma.

Embora as contas permanecessem bloqueadas conforme ordenado pela justiça, foram realizadas transmissões ao vivo por meio de links inseridos abaixo das descrições dos perfis. Os advogados do X apontaram uma falha operacional que permitiu temporariamente a publicação desses links.

A função de áudio “Spaces” também foi utilizada para permitir a interação entre usuários brasileiros e as pessoas sob investigação, que participavam por meio de perfis de terceiros.

A plataforma esclareceu que as infrações ocorreram em apenas seis das mais de 200 contas bloqueadas por ordem judicial no Brasil, caracterizando uma falha técnica isolada.

As contas em questão incluem a do senador Marcos do Val (Pode-ES), ex-aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), conforme detalhes do relatório da PF citados no ofício do X.

Esses bloqueios fazem parte da cruzada de Moraes contra a desinformação na internet, especialmente após tentativas de apoiadores de Bolsonaro de desacreditar o sistema de votação eletrônico durante a campanha eleitoral passada.

Vale destacar que Musk já havia criticado Moraes, chamando-o de “ditador” e pedindo sua destituição, o que levou o ministro a ordenar uma investigação sobre o bilionário por suspeita de “instrumentalização criminosa” da plataforma X.

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