Da Agência Sebrae – Em breve, um café diferenciado do Brasil, como o produzido na Serra da Mantiqueira, por exemplo, poderá ser consumido também do outro lado do mundo: na China. Em viagem no início deste mês para o país asiático, representantes do governo firmaram uma parceria que pode abrir diversas portas do grande mercado chinês para os pequenos negócios nacionais e no caminho inverso também, permitindo que empresários brasileiros acessem produtos e tecnologias chinesas visando aumentar a competitividade por aqui.
O memorando de entendimento assinado durante a missão – que teve à frente o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, e o ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França – inclui pontos como a participação em exposições e feiras organizadas por ambos os países, a colaboração para facilitar o acesso às plataformas digitais, o desenvolvimento de MPE que utilizam tecnologias com foco em produtos inovadores, entre outros.
Entre as novidades já anunciadas por Geraldo Alckmin, está o acordo para exportação de café equivalente a US$ 500 milhões nos próximos anos para a rede Luckin Coffee, que tem 19 mil unidades. “Eles (os chineses) ainda tomam pouco café. Aumentando o consumo, vamos ter um mercado extraordinário”, projeta. Segundo o vice-presidente, houve um incremento do comércio da China com o Brasil nos últimos 20 anos, passando de US$ 9 bilhões para US$ 157 bilhões.
Para o analista da Unidade de acesso a mercados do Sebrae Nacional Gustavo Reis, agora é a hora para que micro e pequenas empresas se organizem e aproveitem as janelas de oportunidades que pode ser abrir com a China. Soma-se a isso o novo perfil socioeconômico – o da classe média – que vem ganhando espaço naquele país, que representa mais um nicho a ser explorado e que está ávido por consumir artigos diferenciados. É um momento que pode trazer benefícios, mas desde que as MPE estejam preparadas”, alerta.
“É um mercado grande, mas muito competitivo. No caso do café, por exemplo, podemos aproveitar essa primeira movimentação e começar a difundir e consequentemente levar nossos cafés especiais”, comentou Gustavo Reis, analista da Unidade de acesso a mercados do Sebrae Nacional.
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