Em todo o país, entre janeiro e abril deste ano, os maiores aumentos na conta de energia, levando em conta apenas o consumo residencial, foram registrados no Ceará (24,23%), na Bahia (20,97%), no Mato Grosso (20,72%) e no Rio Grande do Norte (20,25%). Esses valores são aqueles divulgados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) – a agência reguladora do setor de energia – sem levar em conta os impostos estaduais e a bandeira tarifária, que podem deixar a conta ainda mais cara
Apesar das campanhas de culpabilização da população sobre os aumentos, causados pela crise hídrica, as empresas que mais consomem não serão responsabilizadas.
Enquanto a conta de energia do brasileiro deve ter um aumento médio de 12% ao longo de 2022, no Nordeste essa alta deve ser ainda maior, em torno dos 17%, de acordo com a projeção divulgada pela Folha de Sao Paulo nesta segunda (16). O aumento no preço da energia este ano também deve ser maior do que aquele registrado em 2021, quando a média nacional foi de 8% e de 6,9% na região Nordeste.
“Nossas estimativas apontam para um cenário de impacto tarifário médio em 2022 da ordem de 21,04%”, diz o texto.Nos últimos meses, cada consumidor de energia tem bancado, mensalmente, o custo pesado das chamadas “bandeiras tarifárias”, uma taxa extra que é incluída na conta de luz para pagar o acionamento das usinas térmicas, que são bem mais caras que as hidrelétricas. Isso tem ocorrido por causa da falta de chuvas e do esvaziamento dos principais reservatórios do País.