Dentre os princípios do método de comunicação política que venho desenvolvendo, existe um princípio segundo o qual a atuação militante e comunicação política são duas faces da mesma moeda.
Por isso, já não falo de comunicação ou atuação política, mas de comunicação/atuação política.
Pouco adianta produzirmos boas peças publicitárias, ou bons discursos, se não tiver sintonia com a militância, para que ela amplifique o alcance e intensifique as conexões criadas pelas peças/discursos.
Igualmente, pouco adianta termos atuações militantes coesas, se tais atuações não repercutirem positivamente (em quantidade e qualidade de conexões, sem as quais não há influência política).
Por isso, todos os problemas relacionados à comunicação política do governo estão relacionados também à sua condução política.
No RN, especificamente, temos um caso interessante, a ser estudado: em diversos diretórios, o PT não defende o PT.
Pior: na maioria das vezes, “o PT que não defende o PT” é quem domina os espaços políticos do governo do Estado nas respectivas regiões, tais como cargos, funções comissionadas, acesso a recursos e programas estaduais.
Pior: nem na pauta mais importante para o Governo Fátima desde a sua reeleição, o “PT que não defende o PT” mostra a cara. É como se nada tivesse acontecendo, afinal, o “PT que não defende o PT” não precisa defender o governo para ter espaços no governo: há quem os garanta intrinsecamente.
Ou o Governo e o PT estadual percebem que não há como reduzir a rejeição ao Governo Fátima sem que haja uma articulação concisa entre comunicação e atuação políticas, ou em 2026 vamos levar peia da direita.
E ninguém vai poder dizer que eu não avisei, meu patrão.