A disfunção cognitiva do bolsonarismo foi responsável por fortalecer no Brasil dois grupos altamente contraditórios: os fariseus modernos, que eu chamo de cristãos sem Cristo, e os “patriotas anti-pátria”.
Os cristãos sem Cristo querem um retorno à Lei de Moises, bem como a abolição da misericórdia e da graça trazidas por Jesus no Novo Testamento. Para tanto, adoram uma caricatura de Deus “drive-thru”, ao qual você faz o pedido, realiza um pagamento e recebe o que pediu, fornecido com características políticas e beligerantes que bem agradariam a Barrabás.
Os patriotas anti-pátria são aqueles que acham que ser patriota é vestir uma camisa do Brasil para defender todas as pautas não do próprio país, mas dos Estados Unidos e de Israel, ainda que isso nos prejudique econômica e politicamente no cenário internacional.
A potiguar encarregada de representar os dois grupos na Câmara Federal a partir do próximo ano, mais uma vez sem ser eleita, será Carla Dickson.
“Silvério, você está exagerando!”. Vejamos.
Como cristã, Carla silencia para o genocídio de crianças palestinas, pois os crimes de guerra beneficiam o Estado sionista de Israel e a falsa compreensão de que o massacre, de algum modo, teria a ver com o retorno de Jesus.
Hoje, 19, a Polícia Federal deflagrou a operação “Contra-Golpe”, que realizou prisões e busca e apreensões contra militares da elite do Exército acusados de tramar golpe de Estado e a morte de Lula, Alckmin e Moares em 2022.
Foi um atentado contra a pátria, contra a república, contra o Brasil, mas Carla, como patriota anti-pátria, não dirá absolutamente nada, afinal o atentado foi contra o presidente do Brasil, e não contra o presidente dos Estados Unidos nem contra o primeiro-ministro de Israel.
Fantástico!