Uma foto chamou atenção no dia de hoje.

Captada em Mossoró, nela estão Fátima Bezerra, o nosso Spoock paraense, Ministro Jader Filho, o vice-governador Walter Alves, a prefeita de Pau dos Ferros, Mariana Almeida, e ele, o meu brother, parceiro, amigo de infância: o Coroné Popstar de Mossoró.

Um amigo me mostrou a foto e pediu: “pelo menos hoje, não o chame de Coroné Popstar”.

Quase eu atendia. Mas não atendi. Os instintos são mais fortes do que eu.

Por isso, às vezes falo coisas que depois me arrependo. Não pelo conteúdo. Nunca me arrependo do conteúdo. Mas pela forma.

Ontem, por exemplo, fui desnecessariamente agressivo ao falar do “todes”. Fui desrespeitoso. Mantenho o posicionamento, mas deveria tê-lo exposto de outro modo. Eu, que tanto prego a união, gerei uma desunião desnecessária naquele momento.

Peço desculpas pela forma e pelo erro de estratégia.

Mas sou assim. Continuarei sendo assim. É por ser assim que faço o que faço. Com os bônus, mas também os ônus inerentes à “neuroatipicidade raposística”.

Sendo quem sou, não posso deixar de chamar o Coroné Popstar de Coroné Popstar por causa de uma foto.

Então o amigo perguntou: “mas e na remota hipótese de ele ser o candidato do bloco da situação ao governo?”.

“Votarei nele, chamando-o, ainda, de Coroné Popstar”, respondi.

Meu amigo ficou surpreso. Talvez você, que lê, também tenha ficado.

Então vamos deixar algo claro: o voto que eu mais me arrependo é o que dei a Rafael Motta em 2022.

Não porque quisesse votar no homem com o crânio de peculiar diâmetro, mas porque os prejuízos que ele poderia causar ao RN e ao Brasil seriam infinitamente menores do que os acusados por Rogério Golpinho, a começar pela eleição de Paulinho Petrópolis para prefeito de Natal.

Com o avanço do fascismo, não me darei ao luxo de ser romântico de novo.

Voto num poste, mas não colaborarei indiretamente para a vitória do candidato Rogério Golpinho ao governo.