Lindiane Seno/DCM – Roberta Jersyka Oliveira Brasil Soares, de 37 anos, está foragida após descumprir medidas judiciais estabelecidas durante sua liberdade provisória. A estudante de medicina da USP, natural de Fortaleza (CE), rompeu a tornozeleira eletrônica que era obrigada a usar desde agosto de 2023, quando foi liberada da prisão por envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro, em Brasília. As informações são do Metrópoles.

Residente em São Paulo desde 2020, Roberta iniciou sua segunda graduação na Universidade de São Paulo e, em janeiro de 2023, viajou ao Distrito Federal para participar das manifestações promovidas por apoiadores de Jair Bolsonaro, contrários à eleição de Luiz Inácio Lula da Silva. Ela foi presa durante os protestos e, meses depois, obteve liberdade provisória sob uma série de condições impostas pela Justiça.

Entre as medidas restritivas, estavam o uso obrigatório de tornozeleira eletrônica, a proibição de acessar redes sociais, sair à noite, deixar o país ou manter contato com outros investigados.

De acordo com a Vara de Execução de Penas e Medidas Alternativas de Fortaleza, Roberta também deixou de cumprir a obrigação de se apresentar semanalmente ao Tribunal de Justiça do Ceará. O rompimento da tornozeleira ocorreu em maio de 2024, mas só foi comunicado recentemente ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

Sobre o crime e a prisão:

Após ser detida, Roberta obteve liberdade provisória em agosto daquele ano, mas sob uma série de restrições impostas pela Justiça. Entre as medidas estavam o uso obrigatório de tornozeleira eletrônica, a proibição de acessar redes sociais, sair durante a noite, viajar ao exterior e manter contato com outros investigados pelos atos antidemocráticos.

Apesar dessas determinações, em maio de 2024, Roberta rompeu a tornozeleira eletrônica e desapareceu, tornando-se foragida da Justiça. De acordo com a Coordenadoria de Monitoração Eletrônica de Pessoas (COMEP), o rompimento do dispositivo foi registrado às 8h04 do dia 25 de maio de 2024.

A informação, no entanto, só chegou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em março deste ano. O comunicado foi feito por meio de um ofício que alertava para o descumprimento reiterado das medidas judiciais, sem que Roberta apresentasse qualquer justificativa.

Além disso, ela deixou de comparecer semanalmente ao Tribunal de Justiça do Ceará, outro compromisso obrigatório estabelecido como condição para sua liberdade. Seu paradeiro permanece desconhecido, e as autoridades seguem em busca de sua localização para que volte a cumprir as sanções impostas por sua participação nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro.

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