Brasil 247 – Em discurso durante a abertura do Encontro Internacional da Indústria da Construção (ENIC), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), defendeu a condução econômica do governo Lula (PT). De acordo com o ministro, o Brasil tem muito a ganhar com um maior apoio e aporte à construção civil, classificando o setor como “estratégico e fundamental” para o crescimento do país.

“Estamos fazendo muita coisa além da reforma tributária em parceria com o setor”, afirmou Haddad. Ele destacou a relevância do Marco de Garantias, uma medida que pode, segundo ele, “efetivamente contribuir ainda mais” para o avanço do setor. O ministro também fez uma análise sobre o papel do consignado privado, apontando que, apesar de à primeira vista não parecer relacionado diretamente à construção civil, ele pode ser uma ferramenta útil quando combinado com melhorias no sistema de FGTS. “Pensem vocês no aperfeiçoamento que poderíamos fazer em seguida na questão do FGTS”, sugeriu.

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O ministro reforçou que a preservação dos recursos do FGTS é um “pleito do setor”, que, em sua visão, é absolutamente justo, e apontou a necessidade de garantir esses recursos para fomentar o investimento. Haddad ainda adiantou que o governo está trabalhando em uma solução que preserve o direito dos trabalhadores ao crédito barato, ao mesmo tempo em que mantém o estoque de poupança disponível para impulsionar novos investimentos. “Estamos encontrando este caminho, construindo juntos. Penso que, em breve, teremos boas novas para divulgar, no sentido de buscar esse equilíbrio entre a poupança nacional em proveito deste investimento e aquilo que é direito das pessoas de, eventualmente, ter acesso a uma linha de crédito mais barata”, explicou o ministro.

Sobre o atual cenário econômico, Haddad reconheceu que o governo enfrenta desafios, especialmente com a taxa Selic em um patamar elevado. “Temos uma tarefa ainda que não foi possível realizar. Estávamos com a Selic embicando para baixo um ano atrás e hoje estamos com a Selic num patamar muito elevado”, comentou. No entanto, ele reafirmou o compromisso do Ministério da Fazenda em avançar nas reformas necessárias para estimular a economia.

Um dos projetos que ainda está em foco, de acordo com o ministro, é a promoção do mercado secundário de créditos imobiliários. Haddad reconheceu os avanços em áreas como as LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) e o marco de garantias, mas afirmou que é essencial fomentar o mercado secundário de títulos imobiliários para garantir “vida longa ao crédito barato” e dar o devido impulso à indústria da construção civil. “Realmente, não gostaria de deixar o Ministério da Fazenda sem acertar o lance do mercado secundário dos créditos imobiliários”, concluiu.

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