Lindbergh Farias/Brasil 247 – Neste 1º de Maio, Dia Internacional das Trabalhadoras e dos Trabalhadores, há muito o que ser comemorado pela classe trabalhadora brasileira. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em seu terceiro mandato, em pouco mais de dois anos reverteu os retrocessos implementados pelo governo anterior, resgatando conquistas e políticas públicas em defesa dos trabalhadores.

Um dos principais avanços foi a retomada da política de aumento real do salário mínimo, interrompida em 2016, depois do golpe contra Dilma Rousseff, e mantida pelo governo militarista Bolsonaro. É assim que, segundo dados levantados pela Fundação Getúlio Vargas, a renda dos 50% de trabalhadores mais pobres foi a que mais subiu em 2024.

O estudo da FGV mostra que a renda da parcela dos trabalhadores com menores salários subiu 10,7% acima da inflação, superando a classe média, que teve aumento de 8,7% no ano passado. Os mais ricos, ou seja, quem tem maior ganho financeiro, tiveram crescimento de renda de 6,7%.

Com Lula, passamos a ter aumentos reais do salário mínimo. Em 2024, o valor foi fixado em R$ 1.412, uma alta de 6,97% em comparação aos R$ 1.320 em vigor em 2023, valor herdado do governo anterior. Um aumento real de 3%. Em janeiro deste ano, aumentou 7,5%, chegando a R$ 1.518,00. Ante uma inflação de 4,77% em 2024, o ganho real foi de 2,7%. Um reflexo positivo é que esses aumentos influenciaram o incremento do salário de várias categorias de trabalhadores que ganham além do mínimo.

No governo Bolsonaro, o salário mínimo ficou estagnado e, pior, em 2021 o reajuste foi abaixo da inflação. Os neoliberais e os fanáticos da extrema-direita, insensíveis para a realidade do povo, ignoram que garantir aumento real do salário mínimo é beneficiar milhões de brasileiros e, também, assegurar a injeção de bilhões de reais no comércio e setor de serviços. Isso faz com que a roda da economia gire, num ciclo virtuoso.

Nunca é demais lembrar também que o salário mínimo nacional está vinculado a várias políticas sociais, como o seguro-desemprego, o abono salarial, a aposentadoria e o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Os números dimensionam a importância da valorização do salário mínimo. De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), cerca de 59 milhões de pessoas no Brasil têm rendimento ligado ao salário mínimo. Cerca de 19 milhões de aposentados e pensionistas recebem o mínimo.

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