As Forças Armadas solicitaram documentos sobre as eleições de 2014 e 2018 em ofício enviado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 24 de junho deste ano. No ofício, os militares afirmam que as informações ajudarão a “esclarecer e conhecer os mecanismos do processo eleitoral com a finalidade de permitir a execução das atividades de fiscalização do processo eleitoral”.

O episódio se soma às investidas do do presidente Jair Bolsonaro (PL) para desacreditar o processo eleitoral brasileiro. O capitão reformado alega que teriam ocorrido fraudes nos resultados dos pleitos dos anos referidos, sem apresentar, entretanto, nenhuma prova.

Na sua tradicional transmissão ao vivo nas redes sociais na última quinta-feira (7), o presidente disse que irá convidar embaixadores de todos os países para uma reunião na qual irá apresentar “tudo que aconteceu nas eleições de 2014, 2018, documentado”.

Os militares solicitaram, entre outros documentos, os boletins das urnas (que contêm o total de votos de cada urna), os registros digitais de voto e os logs das urnas, que registram todas as ocorrências ao longo da eleição. Também pediram os relatórios de urnas substituídas, de urnas que estiveram em pendência e de comparecimento e abstenção das seções eleitorais.

O ofício foi encaminhado pelo ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, ao TSE. A listagem dos documentos foi assinada pelo chefe da equipe das Forças Armadas, o coronel do Exército Marcelo Nogueira de Sousa, que participará da fiscalização do processo eleitoral junto ao tribunal.

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