O Ministério Público do Paraná denunciou o policial penal bolsonarista Jorge José da Rocha Guaranho por homicídio duplamente qualificado no caso do assassinato do tesoureiro petista Marcelo Arruda, em Foz do Iguaçu.
Conforme o documento entregue à Justiça, Guaranho estava em um evento quando foi avisado sobre a festa de aniversário do tesoureiro do PT.
A partir dessas informações, o bolsonarista se dirigiu ao local onde estava Arruda e chegou à festa com o rádio do carro tocando, em alto volume, músicas em homenagem ao presidente Jair Bolsonaro.
“Guaranho deu origem ao evento macabro ao chegar na festa de Marcelo Arruda, abrindo a janela de seu veículo, tocando música em alusão a Bolsonaro e gritando coisas como “Lula lixo”, prosseguiu o promotor Luiz Marcelo Mafra.
O tesoureiro se dirigiu ao policial penal e solicitou que ele se retirasse. Naquele momento, Guaranho puxou uma arma e sua esposa, pedindo calma, abriu a porta do carro e mostrou haver um bebê no veículo.
O bolsonarista teria, então, se retirado do local, afirmando que “voltaria e acabaria com todos”. Pouco tempo depois, Guaranho retornou à festa, bradando “aqui é Bolsonaro” e “petista vai morrer tudo”. Naquele momento começaram os disparos.
Para a acusação, Marcelo Arruda atirou contra Guaranho em legítima defesa “própria, de sua esposa e dos convidados da festa”.
O MP ainda afirmou que o agente penal não voltou ao local por ter “se sentido humilhado” por Arruda. O motivo foi “divergência político-partidária”, o que contrasta com o que disse a Polícia Civil na semana passada.