Quem acha que a vitória de Styvenson é certa não sabe ler conjuntura.

Styvenson venceu surfando na onda “anti-sistema” das eleições de 2018. Não precisou fazer sequer campanha.

Em 2022, quando o povo percebeu que Bolsonaro não só fazia parte do sistema, como era o pior que o sistema tinha a oferecer, o discurso de Styvenson (embora não fosse bolsonarista) perdeu força, e ele amargou o terceiro lugar na eleição para governo, ficando atrás de Fábio Dantas, que na ocasião serviu como “boi de piranha” de Rogério Marinho.

Depois da cipoada que tomou de Fátima, Styvenson aderiu de vez aos “conchavos” que tanto combateu, beneficiando-se de uma aliança umbilical com Davi Alcolumbre, personificação do famigerado centrão.

A aliança com o centrão permitiu ao Senador ter acesso a emendas maiores que os seus (supostamente artificiais) índices de testosterona, sendo esse, hoje, seu maior trunfo.

Aliado a isso, Styvenson se beneficia do inexplicável medo que adversários têm de expor o seu “teto de vidro”, já exposto com detalhes e documentos pelo portal O Potiguar e pelo Canal SPN: funcionários supostamente laranjas, obras possivelmente superfaturadas e favorecimento de familiares em cargos comissionados.

Como derrotar Styvenson? Básico demais: exposição do teto de vidro acima citado; exposição da contradição entre o discurso anti-sistema e o vínculo umbilical com o centrão, cada vez mais rejeitado pelo povo; associação de sua imagem a Bolsonaro num estado no qual Lula estará cada vez mais forte até a eleição.

Mais didático do que isso só desenhando.

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