Brasil 247 – Merece elogios a atitude do Itamaraty ao convocar o encarregado de negócios da embaixada dos Estados Unidos no Brasil, Gabriel Escobar, para expressar ao funcionário a “profunda indignação” do Brasil com postagens recentes do Departamento de Estado e da embaixada estadunidense nas redes sociais.

O protesto foi transmitido pelo embaixador Flavio Goldman, que chefia interinamente a Secretaria de Europa e América do Norte no Ministério das Relações Exteriores.

Goldman manifestou indignação com o tom e o conteúdo das postagens.

Na avaliação da cúpula do Itamaraty, as publicações representam “clara ingerência” em assuntos internos e “ameaças inaceitáveis” a autoridades brasileiras.

Na quarta-feira (6), dois dias após a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o Departamento de Estado e a embaixada dos Estados Unidos em Brasília publicaram mensagem nas redes sociais em que acusam o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes de “flagrantes violações de direitos humanos”:

“O ministro Moraes é o principal arquiteto da censura e perseguição contra Bolsonaro e seus apoiadores. Suas flagrantes violações de direitos humanos resultaram em sanções pela Lei Magnitsky, determinadas pelo presidente Trump”, dizia a postagem.

O protesto brasileiro, no entanto, não foi suficiente para que os Estados Unidos moderassem seu tom.

Logo no sábado (9), os Estados Unidos reincidiram em manifestação inaceitável de ingerência em assunto interno ao Brasil.

Em post na rede X (ex-Twitter), o subsecretário de Estado Christopher Landau afirmou que o ministro Alexandre de Moraes é responsável por “destruir” a relação entre o país e o Brasil.

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