A vereadora Samanda Alves (PT) promoveu, na tarde desta terça-feira (12), uma sessão popular para discutir a decisão da Prefeitura de Natal de entregar a gestão das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Cidade Satélite, Cidade da Esperança, Potengi e Pajuçara a organizações sociais.

Logo na abertura, Samanda criticou a proposta de terceirização, classificando-a como resultado de prioridades equivocadas da gestão municipal, e reafirmou que seu mandato seguirá na linha de frente da defesa do Sistema Único de Saúde (SUS).

“Não prioriza as necessidades do povo, acha que manda na Câmara, cala os vereadores. Mas nós não nos calaremos. O povo sabe que pode contar com nosso mandato na Câmara Municipal e em qualquer espaço que precisarmos ocupar”, afirmou.

O encontro reuniu representantes de usuários, dos conselhos municipal e estadual de saúde, além de mandatos parlamentares e entidades da sociedade civil. Estiveram presentes a vereadora Brisa Bracchi; representantes do deputado estadual Francisco do PT e do mandato do vereador Daniel Valença; membros da Associação Juristas pela Democracia e da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

O vice-presidente do Conselho Municipal de Saúde, Célio Cícero, destacou a crescente indignação popular diante do descaso com a saúde pública e defendeu ampliar a mobilização para denunciar nacionalmente o fechamento do Hospital Municipal:

“Isso é um descaso. Não podemos deixar acontecer. Precisamos levar essa denúncia a nível nacional e demonstrar a situação que acontece no nosso município.”

Já Francisco Júnior, do Conselho Estadual de Saúde, alertou para a lógica perversa da baixa participação popular nas decisões que afetam diretamente a vida da população:

“Antes de dizer que a UPA é um problema, resolva a rede básica. Além de tudo, há uma lógica perversa de pouca participação popular nos nossos destinos.”

Apesar do convite, nenhum representante da Prefeitura de Natal compareceu à sessão para apresentar esclarecimentos ou ouvir as demandas da população.