O POTIGUAR – Escutei certa vez de alguém do finado instituto IBOPE que nunca tinha visto um estado, se referindo ao RN, para as pessoas gostarem tanto de pesquisa.

Estamos ainda distantes da eleição do ano que vem, mas o campo político se articula com toda força em face também de uma certa antecipação da eleição em uma ambiência polarizada. Com isso, as pesquisas se multiplicam. Não adianta reclamar – é do jogo.

E como pesquisa só se combate com pesquisa, como já ensinou o mestre Agnelo Alves, a certeza delas aumentarem ainda mais até o ano que vem é insofismável.

O dado concreto é que pouco importa quem lidera ou quem segue atrás. Qualquer analista experiente está olhando para o melhor preditor dado pela literatura especializada – a avaliação ou, com algumas diferenças, aprovação de governo.

Hoje, Lula já está bem avaliado no RN e segue em ascensão em toda a região nordeste. A tendência é que esta inclinação continue, dado que a inflação está controlada e não há perspectiva de aumento do preço dos alimentos, principal calcanhar do seu eleitorado. Além disso, virão dois canhões eleitorais por aí – isenção de imposto de renda e ampliação da distribuição gratuita de gás. 

Já a governadora Fátima Bezerra se recupera com a entrega de estradas, IERNS e outras ações, mas de modo mais comedido quando comparada ao presidente Lula. Cabe esperar um pouco mais para compreender melhor o cenário e visualizar a curva em formação histórica.

Um aspecto geral. O eleitor irá fazer uma primeira pergunta: mantenho o grupo que hoje está no poder ou troco? Se avalia positivamente o governo, tende a manter. Do contrário, responde que não e aí sim vai atrás de um terceiro. O prognóstico certeiro está nesse julgamento que o votante vai fazer.

Se a eleição for minimamente justa, legal e competitiva como não foi a de 2024 em Natal – e aí recomendo a leitura das cerca de 1200 páginas do processo que corre contra o ex e o atual prefeito na justiça eleitoral para entender como Álvaro Dias mal avaliado fez sucessor -, provavelmente você, caro leitor, irá acertar o resultado. 

Olhe, portanto, para a aprovação de governo. O resto não trará diferença prática no pleito do ano que vem, isto é, na situação que importa.

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