Otávio Rosso/ Brasil 247 – A juíza Diana Goodstein, de 69 anos, teve sua residência à beira-mar completamente consumida por um incêndio de grandes proporções no sábado (4), em Edisto Beach, litoral da Carolina do Sul. Três pessoas ficaram feridas e foram levadas a hospitais após um resgate difícil em uma área de acesso restrito por terra. O episódio ocorre semanas após decisões da magistrada em processos sobre dados de eleitores que contrariaram o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

De acordo com informações publicadas pelo The Post and Courier e repercutidas pelo New York Post, o incêndio começou por volta do meio-dia e rapidamente tomou conta da residência de três andares. O ex-senador precisou saltar do primeiro andar para escapar das chamas.

Fogo e resgate em área isolada
Segundo o Distrito de Bombeiros de St. Paul, vizinhos e paramédicos chegaram de caiaque, já que as chamas isolaram a propriedade. Arnold Goodstein, ex-senador e marido da juíza, precisou pular do primeiro andar para escapar do fogo e foi socorrido junto a outras duas vítimas. Um dos feridos foi transportado de helicóptero ao Medical University of South Carolina; os demais seguiram de ambulância. Fontes citadas pelo FitsNews relataram fraturas no quadril, pernas e pés de Arnold Goodstein

No momento em que o incêndio se alastrou, Diana Goodstein passeava com seus cães na praia. O estado de saúde dos feridos não havia sido divulgado até a publicação das informações

Investigação e ameaças prévias
A Divisão de Aplicação da Lei da Carolina do Sul (SLED) abriu inquérito para apurar as causas do incêndio, não descartando a hipótese de ação criminosa. De acordo com o FitsNews, a juíza vinha recebendo ameaças de morte nas semanas anteriores em razão de decisões judiciais que desagradaram setores conservadores. Um colega de tribunal afirmou que Goodstein “sofreu múltiplas ameaças ao longo dos anos”

Decisão que enfrentou a Casa Branca
Em 3 de setembro, Goodstein suspendeu temporariamente a entrega de dados pessoais de eleitores da Carolina do Sul ao Departamento de Justiça (DOJ). A decisão — que impedia o repasse de números de carteira de motorista e parte do Seguro Social — argumentou risco de “dano imediato e irreparável” à população. Uma semana depois, a Suprema Corte estadual reverteu a medida, classificando-a como “claramente errada”. A liminar desagradou aliados de Donald Trump, atual presidente dos Estados Unidos, que defendiam o acesso federal ampliado a registros sob o argumento de “segurança eleitoral”. Entre os críticos, esteve Stephen Miller, então subchefe de gabinete para políticas e assessor de segurança interna

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