Conversando com um amigo bolsonarista, daqueles radicais, ele me disse que o “movimento continua” mesmo após a “fraqueza” expressada por Bolsonaro ontem, 01.
“Bolsonaro só até 2022. Depois é o povo e o exército no poder!”.
Esse comportamento tem o carimbo do fascismo, onde o líder só é líder se prosseguir no crescente radicalismo.
Se der um passo para trás, como Bolsonaro ontem, ainda que forçado a dar o passo pela conjuntura política, sua liderança já passa a ser contestada pelos que chocam o ovo da serpente.
Lembrei-me de uma conversa que tive com Ronaldo Alencar, meu professor, certa vez.
Perguntei a ele o que aconteceria se Hitler tivesse tido um surto de bom senso durante a guerra e tivesse buscado a paz.
A resposta foi simples: “ele seria assassinato pelos próprios apoiadores”.
Felizmente, Bolsonaro perdeu.
O caminho agora é despolarização o país, comendo o ovo da serpente fascista, cozido ou frito, ao gosto do democrata.
(Mas age for frito, no azeite, por favor).