A campanha do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), prepara a apresentação de pelo menos duas ações de investigação judicial eleitoral contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) por abuso de poder político e econômico que, no limite, podem levá-lo à inelegibilidade.

Uma delas tem como foco declarações do presidente que puseram em xeque o sistema eleitoral durante a corrida pelo Palácio do Planalto. A campanha estuda incluir nessa ação manifestações de bolsonaristas que bloquearam rodovias após o resultado eleitoral, incluindo agentes políticos do entorno do Bolsonaro que acabaram apoiando os atos, como os deputados eleitos Carla Zambelli (PL-SP), Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Nikolas Ferreira (PL-MG).

A outra ação terá foco em questões econômicas, entre elas os benefícios financeiros que o governo liberou durante o processo eleitoral, como a concessão de crédito consignado para beneficiários do Auxílio Brasil. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) das Bondades, que instituiu o auxílio de R$ 600, porém, não deve entrar, uma vez que parte do próprio PT votou por sua aprovação.

As ações deverão ser protocoladas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na próxima semana, a mesma em que Lula desembarca em Brasília para dar início, na prática, à transição de governo. Nesta quinta-feira (3), o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), reuniu-se com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, em um encontro considerado pacífico e amistoso.

CNN

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