Em vídeo divulgado nas redes sociais hoje, Mala Fáia esbravejou.
Interpretando errada ou maliciosamente a Constituição, defendeu que Bolsonaro convoque as forças armadas para garantia da lei e da ordem com base no art. 142 da CF.
Sustenta que todo o poder emana do povo, e o povo (talvez a meia dúzia que acampa em frente aos quartéis) quer a intervenção do Exército.
Mala Fáia maliciosamente omite que o mesmo artigo que diz que todo o poder emana do povo também diz que o poder será exercido “nos termos da Constituição” (art 1º, parágrafo único).
Omite que, nos termos da própria Constituição, ela não deve ser interpretada livremente, como Malafaia faz com a Bíblia (de modo as vezes bastante controverso). Ao contrário, a Carta Magna apresenta o seu intérprete final expressamente: o STF.
Omitiu, ou nesse caso acho que não sabe mesmo, que o comando supremo que o presidente exerce sobre as forças armadas é na condição de chefe de estado, e não de chefe de governo, por isso mesmo não pode utilizá-las como instrumento político.
Além de ignorante sobre o direito, Mala Fáia mostrou-se ignorante também sobre política: insinuou que Bolsonaro seria covarde por ter recuado quanto ao golpe.
O pastor desconhece, ou finge desconhecer, que a tentativa de golpe seria insustentável, haveria boicote internacional, crise, instabilidade política e econômica. Todos sairiam perdendo. Inclusive Bolsonaro, que seria posteriormente preso, e as forças armadas, que mais uma vez manchariam a farda, nacional e internacionalmente.
Mas o auge das besteiras faladas por Mala Fáia foi insinuar que se Bolsonaro convocasse o golpe e o Exército se omitisse, os militares deveriam ser presos com base no Código Penal Militar.
Meu Jesus, dai-nos paciência!!
Politicamente, Mala Fáia é uma vergonha até pela direita. Deveria ser repudiado até pela direita.
Talvez se falasse sobre física nuclear falasse com mais propriedade do que quando fala sobre política e direito.