Representante do Brasil na reunião citou “execuções sumárias, detenções arbitrárias e tortura contra dissidentes políticos” no país governado por Daniel Ortega.

Após não aderir a uma declaração de crítica de 55 países ao presidente de Nicarágua, Daniel Ortega, o Brasil falou sobre o assunto em reunião do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, nesta terça-feira (7) e se colocou à disposição para acolher dissidentes do governo local.

“O Brasil está preocupado com relatos de sérias violações de direitos humanos e restrições ao espaço democrático naquele país, particularmente execuções sumárias, detenções arbitrárias e tortura contra dissidentes políticos”, afirmou o representante brasileiro na reunião, o diplomata Tovar Nunes.

A diplomacia brasileira disse estar “extremamente preocupada” com a decisão do governo Ortega de “tirar a nacionalidade de mais de 300 cidadãos e reafirma seu compromisso humanitário de proteger pessoas apátridas”.

Segundo Nunes, o Brasil está pronto para explorar maneiras de abordar a situação “de forma construtiva” e de dialogar com o governo nicaraguense.

Nesta terça-feira, o Conselho de Direitos Humanos da ONU debateu um relatório sobre o regime de Ortega feito por peritos da organização. O documento conclui que o governo da Nicarágua cometeu “sérias e sistemáticas violações”, incluindo tortura, execuções extrajudiciais e detenções arbitrárias.Os peritos apontam Ortega e a vice-presidente, Rosario Murillo, esposa do presidente, como os responsáveis.

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