Por @silverioalvesfilho
Após a derrota política nos níveis estadual e nacional em 2022, o colega jornalista Gustavo Negreiros passou um tempo de luto. Seus comentários, antes ácidos, chegaram até a ser doces nessa fase.
Passado o luto, começou fase da revolta. Gustavo agora atira para todo lado, a fim de mostrar a ira pela vitória de projetos políticos de esquerda. Hoje sobrou até para a oposição à Fátima, oposição que ele considera fraca, por não compactuar com sua “ira santa”.
Porém, o mais interessante para mim é que parece existir em Gustavo uma certa confusão entre ódio e devoção para com a professora Fátima Bezerra, sobre quem são 90% das suas notícias.
Ódio, cristalino pela ironia, sarcasmo e acidez com os quais se refere à governadora.
Mas acho que há também uma certa devoção: o homem só fala sobre Fátima. Sem as notícias da governadora ou do governo, não sobra notícia no blog do colega. Um gaiato, comentando a situação, chegou a me informar que o blog de Gustavo é mais “Encontro com Fátima” do que o antigo programa da Bernardes.
No fim, contudo, acho que não é propriamente devoção, mas apenas a fase da ira, da revolta.
Depois a revolta passa, e começa a fase da aceitação de que, quer ele queira, quer não, teremos democracia e governo popular no Estado e no Brasil até 2026. Pelo menos.