Após o Golpe parlamentar contra a presidenta Dilma Rousseff, em 2016, setores econômicos e empresariais iniciam uma pressão sobre o governo Temer e o parlamento para colocarem em pauta a chamada agenda de austeridade; iniciando o desmonte do estado brasileiro. No tocante aos direitos trabalhistas entra logo em debate a reforma que já era um sonho antigo por parte das entidades empresariais como Confederação Nacional da Industria – CNI e Federação da Industria do Estado de São Paulo – FIESP, não demorou muito para que essa pauta fosse levada ao congresso nacional. Em 2017, o parlamento brasileiro aprovou a reforma trabalhista; ela era defendida por setores do empresariado como sendo essencial para a retomada da geração de emprego e consequentemente a retomada do crescimento econômico.

Diante disso, foi visto um efeito contrário, pois os trabalhadores passaram a ser demitidos por diversas empresas para que elas começassem se adequar as novas modalidades de contratos. Tais esses em condições precarizadas, sem as mesmas garantias de direitos anteriormente gozados, trazendo percas significativas no tocante as suas remunerações e proteção social, uma vez que mulheres, negros e jovens são os mais afetados com essa reforma, pois passaram a ser os mais explorados em um mercado de trabalho totalmente inconsistente e desregulado, sem qualquer possibilidade de fiscalização por parte do poder público, que ficou totalmente desamparado no tocante a promover qualquer ação. Pois o que antes era fácil de combater, hoje é legal, segundo a própria legislação trabalhista.

É importante salientar que os atores que promoveram essa barbárie contra a classe trabalhadora muitos encontram-se no exercício dos seus mandatos ou ocupando cargo no atual governo presidencial. Como é o caso de Rogerio Marinho que passou a ser um dos principais defensores deste governo desastroso e se tornou uma das principais figuras de articulação do Bolsonaro aqui no Rio Grande do Norte. Sendo de conhecimento público que ele já se apresenta como pré-candidato a Senador pelo estado. Então, é de suma importância que as entidades que representam a classe trabalhadora promovam uma campanha denunciando o mesmo, para evitar que esse mau feitor continue ocupando espaços de poder, pois ele não é digno de estar nesses espaços representando a sociedade brasileira.

Portanto, fiquemos atentos pois um estado de bem-estar social se constrói com a participação popular, para isso é preciso pesquisar, perguntar, observar em quem depositamos nosso voto, uma vez que esse instrumento é a garantia de direto e representação. Então, é preciso conhecer melhor o histórico de cada candidato, para não perpetuarmos ciclos retrógrados em nossa sociedade. Além de ser um dever de todos o exercício da cidadania por meio do voto. Porém, com sabedoria e senso de responsabilidade. Visto que, seremos os primeiros a sentir o efeito de nossas escolhas equivocadas e de nada adiantará reclamar. Desse modo, seja responsável, pense bem antes de votar.

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