Do DCM – Um dos seis advogados que representam o senador Sergio Moro (União-PR) no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) rescindiu contrato com o ex-juiz. Rodrigo Gaião informou à corte que não vai mais participar de sua defesa no caso que pode cassar seu mandato. A informação é da coluna de Lauro Jardim no jornal O Globo.

Dono da Gaião Advocacia e chamado para participar do caso pelo escritório BGA (Bonini Guedes Advocacia), que comanda a defesa de Moro, Rodrigo também deixará as defesas do primeiro e segundo suplentes do senador, Luis Felipe Cunha e Ricardo Augusto Guerra.

A baixa na defesa de Moro ocorre em meio à apreensão sobre o desfecho do julgamento, que estava previsto para ocorrer em janeiro mas ainda não foi incluído nas pautas de audiência do mês pelo TRE-PR.

O senador é acusado de abuso de poder econômico durante as eleições de 2022. Ele foi alvo de duas denúncias, uma do PT e uma do PL, por supostamente se beneficiar da verba disponibilizada pelo Podemos, pelo qual fez pré-campanha à Presidência, para sua campanha ao Senado Federal pelo União Brasil.

O senador Sergio Moro (União-PR) durante depoimento ao TRE-PR em dezembro de 2023. Foto: Reprodução
Moro prestou depoimento ao TRE-PR em dezembro de 2023 e afirmou ser alvo de “perseguição” dos partidos. À corte, o advogado Gustavo Guedes, que faz parte de sua equipe de defesa, afirmou que os partidos “inflaram indevidamente” seus gastos de pré-campanha e que 98% do material “deve ser descartado”.

O Ministério Público Eleitoral do Paraná (MPE-PR) se manifestou a favor da cassação de Moro. Os procuradores Marcelo Godoy e Eloisa Helena Machado pediram para que o TRE-PR acolha parcialmente a ação eleitoral movida pelas duas siglas.

O juiz eleitoral Luciano Carrasco Falavinha Souza, relator do processo contra Moro, marcou para o dia 22 de janeiro de 2024 a apresentação do seu voto.