Igor Mello/ICL Notícias – O pastor Silas Malafaia, dono da igreja evangélica Advec (Assembleia de Deus Vitória em Cristo), atacou lideranças evangélicas que criticaram os palavrões ditos por ele em conversas com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Malafaia entrou na mira da PF (Polícia Federal) por conta de mensagens em que participa das articulações para coagir o STF (Supremo Tribunal Federal) e obstruir o julgamento de Bolsonaro pela tentativa de golpe de Estado de 2022.
Nas conversas com Bolsonaro, Malafaia usa uma série de termos chulos e até mesmo chama o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) de “babaca”.
O linguajar chocou evangélicos, que costumam repudiar o uso de xingamentos mesmo em conversas particulares. Diversos influenciadores cristãos criticaram Malafaia. Já o pastor e deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ): “Nós, pastores, somos convidados a ser exemplo para os fiéis”, disse ele.
Malafaia chama críticos de ‘hipócritas’
“É verdade que de vez em quando eu falo palavras indevidas. Te vou dizer aqui com honestidade, até palavrão. É, eu erro”, afirmou Malafaia no começo do vídeo, esboçando um mea culpa. “Quem não tem pecado, atire a primeira pedra. Quem é aí que nunca falou uma palavra indevida ou um palavrão ou pensou só em você pensar? Não precisa falar não, você tá pecando”
Malafaia então muda de linha e passa a atacar os críticos.
“Os que me criticaram não falaram do crime que cometeram. É inviolável a privacidade. Artigo 5º, inciso 10º da Constituição, que são as garantias individuais. É crime. É crime manifestar a privacidade de alguém. Eles não criticaram isso, não falaram nada. Tipo de hipócritas engolem camelo e se engasgam com os mosquitos”, disparou.
Malafaia ainda aproveitou o vídeo para se vacinar para possíveis novos escândalos contidos em conversas armazenadas em seu celular, que foi apreendido pela PF na última quarta-feira (20).
“Aqueles que ficaram escandalizados com as minhas palavras, me perdoem, porque eu tenho fraquezas”, disse Malafaia. ” Então me perdoe, mas quero dar um aviso. Se essa Gestapo de Alexandre Moraes vazar conversas privadas do meu telefone, deve ter até palavrão.
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