Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (Sesap), que havia estipulado estimado uma de cobertura vacinal de 95%, enquanto na realidade, o número de crianças com menos de um ano de idade que deveriam ter sido vacinadas contra a poliomielite no estado até 2021 era de apenas 65%.
Os números que indicam baixa cobertura vacinal contra a poliomielite observada em 2021 já são motivos que justificam a preocupação com a possibilidade do risco da reintrodução da doença para população, que havia sido erradicada do Brasil há mais de trinta anos, em 1990.
Já os números referentes a 2022, que ainda estão sendo processados pelo sistema de saúde e não estão disponíveis.
“Sabemos que isso [o retorno da poliomielite] é completamente possível, como no caso do sarampo, que já havia sido erradicado do Brasil. É importantíssimo estarmos com 95% das crianças vacinadas para que a doença não volte a se desenvolver no país”, disse a Coordenadora de Imunização da Sesap, Laiane Graziela.
A reincidência dos casos de sarampo no Brasil, à qual Laiane se refere, pode ser notada em 2018, quando houveram 10.346 registros e notificações da doença.
Este problema não é exclusivo no estado do Rio Grande do Norte, mas sim um reflexo do que vem acontecendo em todo o país, não apenas com a poliomielite.
Segundo dados fornecidos na última sexta-feira (20) pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), o Rio Grande do Norte vacinou 26% do público-alvo contra a gripe e 30% contra o sarampo desde o início da campanha deste ano, há mais de um mês.
A expectativa é de vacinação de no mínimo, 95% das 207.896 crianças que podem receber a dose contra o sarampo. Até o momento, segundo a Sesap, foram aplicadas 63.957 doses.
As campanhas de imunização no combate às duas doenças tiveram início juntas em 4 de abril e a meta da pasta é vacinar 90% do público contra a gripe e 95% contra o sarampo.