Uma das falácias mais repetidas na política potiguar nas últimas semanas é a de que a candidatura de Rafael Motta ao Senado ajudaria na eleição de Rogério Marinho. Essa narrativa foi desmentida pela última pesquisa BAND/Sensatus, da qual ninguém no arco de alianças de Carlos Eduardo tem motivos para desconfiar, pelo contrário.
O instituto que realizou a pesquisa recebeu acusações na última semana por ter relações com o PT-RN e com o Governo do Estado – ambos apoiam Carlos Eduardo e pregam que a candidatura de Rafael ajudaria o postulante bolsonarista Rogério. Mas os números que eles mesmo produziram desmentem essas afirmações.
Ironicamente, o desmentido vem de uma opção duvidosa do insituto de pesquisar um cenário SEM Rafael na disputa. Vejamos.
Mesmo com clara falta de simpatia por parte do insituto, Rafael pontuou bem: 10,9%.
Ainda mais: no cenário com Rafael candidato, o número daqueles que declararam não saber em quem votar ou votar em branco ou nulo foi de 50,7%. Sem Rafael na disputa, o número dos que ainda não têm candidato sobre para 58,8%. Uma diferença de 8,1%!
Apenas 2,3% dos eleitores de Rafael votariam em Carlos ou Rogério caso Rafael não fosse candidato.
O feitiço virou contra o feiticeiro. A pesquisa pareceu querer responsabilizar Rafael por uma suposta vantagem de Rogério sobre Carlos. Acabou provando, pelo contrário, que Rafael é o único candidato com condições de conquistar os mais de 50% do eleitorado que não têm um candidato ao Senado.
Rafael comemora a pesquisa que aparentemente foi feita para prejudicá-lo, mas que acabou confirmando que estava certo quando abriu mão de uma eleição segura para deputado federal e decidiu atender ao apelo popular por uma alternativa progressista para o Senado. Na política, a vitória é dos que têm coragem.