O governo federal vem passando por um problema crônico de comunicação política.
Quem nos acompanha sabe que, para nós, comunicação e atuação política são duas faces da mesma moeda: a burocracia estatal, a política e a comunicação devem andar juntas, de modo articulado, considerando as peculiaridades de cada área (distinção entre comunicação institucional e pessoal, por exemplo).
Mas não basta a análise de conjuntura e a constatação do problema: precisamos agir, com um remédio adequado para a doença. E o remédio utilizado pelo governo federal atualmente está vencido.
A área política do governo segue com explicações técnicas, utilizando uma estética totalmente contrária à que domina as redes.
Segue utilizando termos linguísticos sobre os quais a direita já conseguiu cristalizar no povo um sentimento negativo.
Segue incapaz de montar grupos táticos que consigam, de modo articulado, combater nas mais diversas arenas: das universidades ao bares, dos centros acadêmicos aos shows de música sertaneja, das análises teológicas à discussão econômica, e sempre com estéticas adaptadas e adaptáveis a cada um desses contextos.
Olhe para a Primavera Potiguar, presidente.
Olhe para a resistência que as Raposas e os demais animais da caatinga vem desenvolvendo.
Deixe de dar murro em ponta de faca, convoque-nos e forneça a estrutura necessária que eu garanto: resolveremos essa bagaça.