Por Caique Lima, do DCM – A Polícia Federal intimou o ex-presidente Jair Bolsonaro para prestar depoimento na investigação sobre o caso de empresários que discutiam golpe de Estado no WhatsApp. A corporação prevê sua oitiva para o próximo dia 31, mas a defesa dele quer acesso aos autos da investigação antes. A informação é do Blog da Julia Duailibi no g1.

Nesta segunda (21), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o arquivamento da investigação contra seis empresários. Ele também concedeu 60 dias para a PF fazer diligência em relação a outros dois envolvidos no caso: Luciano Hang (Havan) e Meyer Joseph Nigri (Tecnisa).

A apuração contra eles está mantida para apurar o conteúdo dos celulares de ambos para verificar um possível vínculo com Bolsonaro, segundo a PF.

O caso foi revelado no ano passado pelo portal Metrópoles. Por meio de WhatsApp, um grupo de seis empresários defendia um golpe de Estado caso o então candidato Lula vencesse as eleições para a Presidência da República.

Foram livrados da investigação os empresários Afrânio Barreira Filho (Coco Bambu), André Tissot (Sierra Móveis), Ivan Wrobel (W3 Engenharia), José Isaac Peres (Multiplan), José Koury (Barra World Shopping) e Marco Aurélio Raymundo (Mormaii).

Essa é a quinta vez que Bolsonaro será ouvido pela PF. Ele já depôs à corporação em quatro ocasiões: 5 de abril sobre as joias sauditas, 26 de abril sobre os ataques terroristas de 8 de janeiro, 16 de maio sobre a suspeita de fraude em cartões de vacinação e em 12 de julho na apuração sobre suposto plano de golpe de Estado, denunciado pelo senador Marcos do Val (Podemos-ES).

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