Em entrevista para a revista Veja, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que “havia segredos de Estado” em seu telefone celular e que por conta disso é que trocava com frequência o aparelho e o número. O hábito do ex-mandatário tem prejudicado a Polícia Federal a obter informações relativas ao período em que ele ocupava o Palácio do Planalto.

“Trocava a cada seis meses – aparelho, número, tudo, porque se fosse perdido, extraviado, ninguém ia pegar. Eram segredos de Estado, assuntos sensíveis. Vocês acham que o clima não subia com setores da sociedade, da indústria, do agronegócio? Para que saber a conversa que eu tive com tal governador em determinado dia? Não interessa isso, eu tenho discrição”, explicou Bolsonaro.

A PF apreendeu o celular dele no início do mês, no âmbito da operação que apura fraudes em certificados de vacinação. No entanto, a mania de trocar o aparelho de seis em seis meses tem dificultado as investigações. De acordo com Bolsonaro, quebrar o sigilo telefônico de um ex-presidente da República é algo muito delicado.

“Algumas coisas que eu tratei com o Putin em fevereiro do ano passado foram pelo meu telefone. Também falei com embaixadores, etc. Eu não quero que fique registrado, não quero que façam história em cima disso”, disse o ex-chefe do Executivo.

Diário do Centro do Mundo

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