Da Thaísa Galvão – O ministro Alexandre de Moraes, claro, negou a devolução do passaporte de Jair Bolsonaro que havia sido solicitada pela defesa dele. Bolsonaro queria ir passear em Israel. Sim, passear, já que, sem mandato nem função de nada com relevância internacional, não teria o que fazer no país em guerra.

Uma vez fora do Brasil, Bolsonaro tende a não voltar com medo de ser preso.

Bastou o STF recolher o passaporte dele para que ele articulasse uma fuga fajuta, se escondendo por dois dias na Embaixada da Hungria, país amigo. Amigo dele.

Era fuga, sim, porque o direito internacional diz que o terreno de uma embaixada é de soberania do país que ela representa, e com Bolsonaro lá dentro, a polícia brasileira só poderia entrar para pegar Bolsonaro, para cumprir um possível mandado de prisão, se tivesse a autorização do governo húngaro.

Daí a explicação para fuga de Bolsonaro, que depois de dois dias entendeu que ainda não havia chegado sua hora e resolveu sair do esconderijo.

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