O pagamento de jetons permite que cargos de confiança engordem seus rendimentos com valores muito acima do teto do funcionalismo público, que é de R$ 39,3 mil. Reportagem publicada pelo Metrópoles na segunda-feira (17) revela que, com essa manobra, o ex-presidente Bolsonaro (PL) beneficiou uma série de auxiliares, dentre os quais os ex-minitros potiguares Fábio Faria, das Comunicações, e Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional.

O texto da repórter Sarah Teófilo aponta que os dois foram incluídos como conselheiros do Sesc, o Serviço Social do Comércio – Faria de 2021 a 2022 e Marinho, atualmente senador pelo Rio Grande do Norte, de 2019 a 2021. Cada um recebeu pelo menos R$ 294 mil para além de seus salários, a partir de R$ 31 mil.

A Agência Saiba Mais questionou o Sesc RN sobre atuação e agenda dos dois durante o período mencionado, mas não obteve resposta até a publicação deste texto.

Os jetons são pagos a servidores nomeados para participar de conselhos de empresas públicas ou privadas nas quais o governo tem participação acionária. Geralmente, as nomeações são feitas pelo próprio presidente ou pelos ministérios.

De acordo com a apuração, ministros, militares e até parentes de figuras próximas a Bolsonaro que ocupavam postos menos destacados na estrutura do governo receberam pelo menos R$ 67 milhões em extras. A cifra é subestimada porque nem todos os pagamentos nem os nomes de todos os beneficiários estão disponíveis nos sistemas de consulta pública.

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