Por @silverioalvesfilho
Sou publicamente de esquerda, filiado ao PT, inclusive.
E respeito quem é de direita, filiado ao PL, inclusive.
As divergências não apenas fazerem parte da democracia, como são necessárias ao seu fortalecimento.
Nossas ideologias moldam nossa visão de mundo, e nossa vivência no mundo vai moldando nossas ideologias.
A vida não é uma estrada em linha reta, estática e em preto e branco.
A vida é um círculo cheio de cores, dinâmico e em constante modificação!
Por isso é importante o debate: sempre podemos mudar de opinião e ver fatos com perspectivas que antes não víamos.
É nesse processo de debate de ideias que vamos criando, modificando e fortalecendo nossa realidade política.
Mas há um tipo de discordância que me preocupa: aquela que trata o contrário como inimigo.
Quem pensa assim, geralmente quer uma “democracia de opinião única”, ou seja, uma ditadura.
Não quer convencer, mas fazer com que quem pensa em contrário deixe de existir.
Não quer debater ideias, mas atingir quem pensa diferente, na maioria das vezes com raiva no coração.
Para esses, eu digo apenas:
“CALMA, COMPANHEIRO! Deixe de brabeza! A raiva não leva ninguém a canto nenhum. Vamos discordar, debater e, juntos, por meio das nossas divergências, construir uma democracia mais forte!”.
Não quero acabar com quem pensa diferente de mim.
Quero convencê-lo, respeitando sua liberdade e autonomia.
Sempre como ensinou Monsenhor Expedito, citando São Francisco de Sales: “apanham-se mais moscas com uma gota de mel do que com litros de vinagre”.