Por Manoel Ramires, do Brasil de Fato – Na reta final da eleição municipal, uma bomba estourou no colo de Eduardo Pimentel (PSD), candidato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em Curitiba. Um áudio atribuído ao superintendente de Tecnologia da Informação da Secretaria da Administração, Antonio Carlos Pires Rebello, obrigava os servidores públicos e comissionados a praticarem “rachadinha eleitoral”. Eles tiveram que comprar ingressos para um jantar do PSD estadual em valores que chegam a R$ 3 mil. Diante da revelação, o Ministério Público do Trabalho (MPT) mandou a campanha de Pimentel devolver o dinheiro dos servidores.

A Prefeitura de Curitiba demitiu o funcionário flagrado e Pimentel, que lidera as pesquisas, disse em suas redes sociais que não tinha nada a ver com a situação. Seus adversários, por outro, cobram investigação.

Áudio mostra que o superintendente pressionou servidores a comprarem convites para jantar de campanha do candidato apoiado por Bolsonaro. Quem não comprasse seria demitido. Em apuros, o candidato de Ratinho Junior (governador do Paraná) e do ex-presidente, que indicou o vice da chapa, Paulo Martins (PL), foi às redes se explicar.

“O responsável já foi exonerado após a apuração dos fatos. Repudio qualquer forma de pressão ou ameaça a servidores públicos e lamento profundamente o que ocorreu”, disse Pimentel.

Por outro lado, o Ministério Público do Trabalho mandou a Prefeitura de Curitiba e a campanha a devolverem todo valor. “O Município de Curitiba deverá, em até 24h (vinte e quatro), dar ampla e geral publicidade acerca da ilegalidade das condutas de assédio eleitoral e comprovar a devolução ou não desconto de valores dos servidores públicos referentes à participação em jantar de apoio a candidato, retratação ou retificação espontânea”, determinou a procuradora do trabalho, Valdenice Amalia Furtado.

[Continua no site]

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