O pré-candidato ao Senado Carlos Eduardo não terá vida fácil nesta eleição. Além da forte rejeição que encontra em eventos públicos, está preso a um partido que, no RN, foi negligenciado e finalmente desmantelado.

A ida de Paulinho Freire para o União Brasil revelou o que já se sabia: Carlos Eduardo não possuía liderança sobre a bancada de vereadores do PDT. Os nomes mais fortes do partido vão acompanhar Paulinho em sua nova residência eleitoral.

O ex-bolsonarista de segundo turno ainda lida com com forte desconfiança dos eleitores de esquerda, que manifestamente preferem a reeleição de Jean no Senado.

Pra completar o quadro de desespero, Carlos Eduardo lidera um partido que hoje não possui chapa representativa nem para estadual nem para federal. Isolado, tenta cooptar candidatos de outras legendas com promessas de fundos eleitorais que sabidamente não poderá cumprir.

Acontece que a principal base de cálculo para a distribuição dos fundos partidário e eleitoral é a votação partidária para deputado federal. O PDT já mandou o recado: para ter mais verbas para a eleição de outubro o pré-candidato precisa montar uma nominata para deputado federal. Mas não sobrou ninguém ao lado de Carlos Eduardo. Isso explica o assédio a candidatos de outros partidos, que tem atraído a Carlos Eduardo a fúria de muitos dirigentes que consideram sua conduta indecente mesmo para os padrões da política local.

As promessas do aspirante a senador são vultuosas. E nem isso sensibilizou até agora um único nome de peso. Ninguém quer se ancorar a Carlos Eduardo.

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