Ultimamente está cada vez mais comum a existência dos chamados fariseus modernos, que eu chamo de “cristãos sem Cristo”.
Os fariseus modernos amam o discurso de pureza, de superioridade moral, de divisão e de opressão.
Distinção relevante para os fariseus da época herodiana é que os atuais fazem o que fazem “em nome de Cristo”.
Ontem, 21, a deputada Natália Bonavides teve um diálogo com o Pastor Martin, um dos pastores mais respeitados do Estado, presidente da Assembleia de Deus no RN.
Foi o suficiente para escandalizar os fariseus modernos, especialmente os que ocupam espaços na blogueiragem alugada por Paulinho de Micarla, como o colega Gustavo Destemperado Negreiros.
“Que absurdo! Pastor Martin conversar com uma mulher como essa!”, bradavam os fariseus, com a estridência que lhes é peculiar.
Embora Natalia não seja a pessoa “imoral” que a mídia maliciosamente diz que ela é, ainda que fosse, não haveria problema em o Pastor Martin, na condição de cristão, conversar com ela, porque quem agia assim era o próprio Cristo!
O Cristo, que em João 4 foi ao encontro da mulher samaritana, “impura e imoral”.
O Cristo, que em João 5 foi ao encontro do homem do tanque de Betesda, o qual, embora judeu, depositava sua esperança em crenças gentílicas.
O Cristo, que andava com leprosos, publicanos e meretrizes.
Se os cristãos sem Cristo estivessem no episódio da mulher samaritana, teriam-na empurrado para cair no poço de Jacó, com o intuito de que ela não tivesse a oportunidade de “contaminar Jesus”.