Brasil 247 – O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), vive um momento delicado de desgaste político. Sua aposta em um discurso mais radical, alinhado ao bolsonarismo, reduziu sua popularidade e gerou apreensão entre aliados próximos. De acordo com a Coluna do Estadão, do jornal O Estado de S. Paulo, mesmo com a recomendação de líderes partidários para se afastar dos holofotes, Tarcísio não conseguiu conter a perda de apoio. Correligionários já esperam uma nova queda nas pesquisas de intenção de voto ao Planalto.
Alinhamento com Bolsonaro acentua crise
A situação deve ganhar ainda mais repercussão na próxima semana, quando Tarcísio visitará Jair Bolsonaro (PL), que está em prisão domiciliar pelo descumprimento de medidas cautelares, com aval do Supremo Tribunal Federal (STF). O gesto intensifica a associação entre o governador paulista e o ex-mandatário, condenado pela Primeira Turma do STF a cumprir uma pena de 27 anos e três meses de prisão por planejar um golpe de Estado.
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A queda da popularidade de Tarcísio começou após defender abertamente a anistia aos envolvidos na tentativa de golpe de Estado, incluindo Bolsonaro, em troca de apoio para sua candidatura presidencial. Para agradar Eduardo Bolsonaro (PL-SP), chegou a chamar o ministro Alexandre de Moraes de “tirano” durante os atos de 7 de setembro.
A radicalização, porém, não trouxe o retorno esperado. O filho 03 do ex-presidente insiste que a família Bolsonaro deve manter protagonismo na eleição de 2026. Enquanto isso, setores da centro-direita passaram a enxergar Tarcísio com desconfiança, preferindo um candidato mais moderado.
Aliados já testam alternativa
Diante da crise, segundo a reportagem, cresce no campo político o nome do governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD). Aliados de Tarcísio veem o paranaense como alternativa viável e mais palatável para atrair apoio empresarial e político no cenário nacional. Ratinho vem ganhando destaque desde maio, quando impulsionou ações de segurança pública em seu Estado, tema central na agenda eleitoral de 2026. Em julho, participou de encontros com empresários em São Paulo, reforçando seu perfil como potencial candidato da direita para o pleito presidencial de 2026.