Do Brasil 247 – A pesquisa Datafolha desta quinta-feira (3) sobre a corrida eleitoral para a Prefeitura de São Paulo trouxe um cenário de disputa acirrada, mas há boas novas para o candidato Guilherme Boulos (PSOL). Diante de um cenário de empate triplo entre ele, o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o candidato da extrema-direita Pablo Marçal (PRTB), o Datafolha mostrou que o caminho de Boulos até o segundo turno está se tornando cada vez mais tangível. Mais do que isso, se o cenário se concretizar em uma disputa contra Marçal, Boulos encontra uma perspectiva eleitoral altamente favorável, posicionando-se como favorito para conquistar a prefeitura paulistana.

A pesquisa Datafolha mostra Boulos liderando numericamente (26%), frente a Nunes e Marçal, ambos com exatos 24%, embora dentro da margem de erro, o que caracteriza um empate técnico. Contudo, a grande novidade está na dinâmica de crescimento dos candidatos. Marçal, que subiu de 21% para 24%, numa aparente investida sobre os votos do bolsonarismo que até então estavam com Nunes.

O avanço de Marçal não apenas complica o cenário para Ricardo Nunes, que luta para manter sua base bolsonarista, mas também abre caminho para um cenário ideal para Boulos. A possibilidade de enfrentar Marçal no segundo turno surge como um verdadeiro presente para o deputado do PSOL. Enquanto Nunes poderia captar votos de diferentes espectros políticos, um embate contra o ex-coach polarizaria a disputa, claramente favorecendo Boulos, que se posiciona como um candidato mais moderado e, portanto, mais atraente ao eleitorado paulistano que rejeita extremismos.

Um dado fundamental para entender o otimismo da campanha de Boulos é a simulação de segundo turno contra Pablo Marçal: Boulos venceria com 48% dos votos contra 37% do adversário. Esse cenário reflete o peso da rejeição de Marçal, que é o candidato com a maior taxa de rejeição, 53%, e cujo eleitorado é bastante restrito a uma base mais radicalizada. A recente agressão de um assessor de Marçal ao marqueteiro de Ricardo Nunes em um debate só reforçou sua imagem negativa. A rejeição ao ex-coach cresceu cinco pontos percentuais desde o último levantamento, refletindo como episódios de violência e intolerância dificultam seu caminho para conquistar novos eleitores.

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