Por @silverioalvesfilho

Esses dias me deparei com a publicação de um “TBT” do amigo Brunno Mariano, relacionado à sua primeira comunhão na Igreja Católica, em São Paulo do Potengi.

Na imagem, ao lado de Bruno, seu tio, o monge Dom Matias e dois santos católicos (ainda) não canonizados: Dom Helder Câmara e Monsenhor Expedito.

Além da amizade mútua, Dom Helder e Monsenhor Expedito tinha em comum a compreensão de que o Evangelho de Cristo não se vive em tese, com base num amor em tese, em conceitos teológicos abstratos. Igualmente não se vive com por meio de uma prática individualista, focada nas próprias necessidades.

Ao contrário, se vive pela caridade, pelo amor prático, sem o qual a fé é uma mera compreensão racional, incapaz de conduzir o ser humano à salvação comprada a alto preço por Cristo na Cruz. É por isso que o apóstolo Tiago recorda que crer em Deus de modo meramente intelectual até os demônios creem e estremecem (Tg 2,19).

O mesmo Tiago que afirma que a fé genuína se manifesta nas obras: “Mas dirá alguém: Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras” (Tg 2,18). Mas que obras são estas?

A resposta é dada nos versos 15 a 17 da mesma carta, para que não reste dúvida que ele fala da caridade: “E, se o irmão ou a irmã estiverem nus, e tiverem falta de mantimento quotidiano, E algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos, e fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá daí? Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma”.

A compreensão trazida pelo Apóstolo Tiago converge com a famosa frase de Dom Helder, com a qual comungava padre Expedito e da qual recordei ao ver a foto de Bruno: “Deus não nos fez pastores de almas desencarnadas”.

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