O Hamas é um grupo terrorista. Pelo menos sob o significado que ordinariamente se atribui ao termo, que de modo geral não considera terrorista um Estado Soberano que comete crimes de guerra e assina civis em massa, como Israel em Gaza, ou os EUA no Iraque.
Pior do que a “imparcialidade” da maioria da mídia ocidental, só a imbecilidade da mídia bolsonarista potiguar, que de modo extremamente malicioso utiliza o sangue de inocentes para fazer politicagem.
A título de exemplo, o colega Trombado Besteiros (do latim – aquele que só fala besteiras com a cara trombuda) aproveita o momento para fazer politicagem barata contra a Lula, Fátima e o PT, e a esquerda, atordoada com os ataques sucessivos e direcionados, nada diz.
Os políticos, com medo de aumentar a repercussão das críticas; os jornalistas de esquerda, ou pelo mesmo motivo, ou pela ética jornalística mofada, que os impede de dar nomes aos gados que fazem politicagem disfarçada de jornalismo.
Diante da ausência de uma resposta efetiva da esquerda, silenciada por vontade própria, resta-me tentar responder à pergunta que persiste: sendo o Hamas abrangido pela utilização comum do termo terrorista, deveria Lula, como Chefe de Estado, referir-se ao grupo pelo termo, mesmo a ONU não o fazendo?
Evidente que não! E a esquerda tem que dizer que não, e explicar o motivo. Eis o motivo: a declaração em ABSOLUTAMENTE NADA ajudaria na resolução do conflito e faria com o que o Brasil perdesse o status de “defensor imparcial da paz”, que Lula vem conseguindo emplacar com eficácia, como já fez no conflito Rússia/Ucrânia.
É essa postura que tem permitido ao país ter visibilidade e atuação estratégica na geopolítica internacional, mesmo sem ser grande potência econômica ou militar. Sendo imparcial, o Brasil tem mais possibilidades de ajudar na resolução do problema do que se for apenas “mais um broche” na parede dos EUA/Israel.
Um patriota de verdade sabe e valoriza isso. Trombado Besteiros sabe disso, mas, malicioso com é, finge que não sabe. A esquerda sabe disso, mas, acuada como está, silencia.
Eu não silencio. E respondo a pergunta do título: não, Lula não deve contrariar a ONU para atender às imbecilidades da mídia bolsonarista potiguar.