Se você perguntar para um cristão evangélico médio se todo símbolo de fé deve estar fundamentado na bíblia, ele dirá que sim.
A premissa é por si complicada, considerando que o cânon bíblico (conjunto de livros que compõem a bíblia), um símbolo da fé cristã, não foi delimitado pela própria escritura, já que esta não especifica quais livros fazem parte dela.
Mais do que isso, não foi delimitado com base na autoridade bíblica, já que não havia bíblia (cânon bíblico específico) para ser utilizada como parâmetro de autoridade.
Mas esse é um tema teológico mais complexo que não cabe discutir aqui. Vamos ao objetivo do texto: o símbolo pagão do hexagrama.
Todas as áreas sujeitas à influência do bolsonarismo foram por ele influenciados negativamente, inclusive setores do cristianismo evangélico.
Se por um lado tais setores costumam pedir fundamento bíblico para tudo, aparentemente nunca se perguntaram acerca da “origem bíblica” da “estrela de Davi”, a despeito de o hexagrama ser utilizado em diversas religiões “pagãs”.
Não é de se surpreender, já que costumam dizer que a maçonaria tem pacto com o capiroto, enquanto amam o sionismo criado pelos judeus maçônicos.
Voltemos à ao símbolo pagão, ou melhor, à “Estrela de David”.
Não há na Bíblia nenhuma referência a uma suposta estrela de David.
Há uma única estrela que foi utilizada como símbolo pelos judeus, relatada pelo primeiro mártir da Igreja, Santo Estevão, o qual, pouco antes de ser apedrejado até a morte (pasmem!) pelos judeus, cheio do Espírito Santo proclamou:
“42 Mas Deus se afastou, e os abandonou a que servissem ao exército do céu, como está escrito no livro dos profetas: Porventura me oferecestes vítimas e sacrifícios No deserto por quarenta anos, ó casa de Israel?
43 Antes tomastes o tabernáculo de Moloque,E a estrela do vosso deus Renfã, figuras que vós fizestes para as adorar.Transportar-vos-ei, pois, para além da Babilônia.“ (Atos 7,42-43)
Depois procurem no Google Imagens por “formato da estrela do deus pagão Renfã”.
Esses cristãos que defendem genocídio de crianças palestinas são uma resenha, meu patrão.