Leonardo Lucena/Brasil 247 – O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) xingou o pai Jair Bolsonaro (PL) após entrevista do ex-mandatário sobre o conflito com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). O parlamentar havia sido chamado de imaturo pelo ex-mandatário por causa de algumas críticas ao chefe do Executivo paulista, que foi ministro da Infraestrutura durante o governo bolsonarista.
“VTNC, seu ingrato do caralho”, escreveu Eduardo, que demonstrou irritação pelas declarações do pai. “Eu ia deixar de lado a história do Tarcísio, mas graças aos elogios que você fez a mim no Poder 360 estou pensando seriamente em dar mais uma porrada nele, para ver se você aprende”.
De acordo com a PF, o diálogo continuou com Eduardo citando termos usados pelo seu pai na entrevista. “Se o imaturo do seu filho de 40 anos não puder encontrar com os caras aqui, porque vc me joga pra baixo, quem vai se fuder é vc e vai decretar o resto da minha vida nesta porra aqui!”.
A PF indiciou Eduardo e Jair Bolsonaro por obstrução judicial, pois a família bolsonarista faz articulações com o governo do presidente norte-americano, Donald Trump. O objetivo é aplicar sanções à economia brasileira e ao STF por conta do inquérito da trama golpista.
O ex-mandatário brasileiro é réu na investigação sobre a tentativa de ruptura institucional, além de estar em prisão domiciliar e cumprir medidas cautelares. Somadas, as penas ultrapassam os 40 anos de prisão.
Além do tarifaço de 50% sobre as exportações brasileiras para os Estados Unidos, as sanções impostas pelo governo Trump têm como foco o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. A medida mais recente foi a restrição ao uso de seu cartão de crédito. Além disso, o governo norte-americano determinou o bloqueio de eventuais bens e ativos financeiros que possam estar vinculados ao magistrado em território norte-americano.
Moraes também está impedido de realizar transações ou movimentações financeiras em instituições sujeitas à jurisdição dos EUA.
De acordo com o próprio ministro, a decisão não terá impacto prático, pois ele não possui contas, investimentos ou patrimônio nos Estados Unidos.