Por Jéssica Alexandrino, do DCM – Na semana passada, após prestar mais um depoimento à Polícia Federal, que durou cerca de nove horas, Mauro Cid, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), desabafou em conversa com um amigo e previu penas superiores a 100 anos para “todo mundo”.

O grupo citado pelo tenente-coronel em gravação que foi divulgada pela revista Veja inclui o ex-presidente, um grupo de assessores e militares de alta patente que estão envolvidos na trama golpista que foi traçada para não permitir que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) subisse a rampa do Palácio do Planalto.

Em troca de benefícios, Cid assinou um acordo de colaboração premiada. Sendo visto na cultura militar como um traidor, ele se justificou: “Se eu não colaborar, vou pegar trinta, quarenta anos. Porque eu estou em vacina, eu estou em joia…”

“Vai entrar todo mundo em tudo. Vai somar as penas lá, vai dar mais de 100 anos para todo mundo. Entendeu? A cama está toda armada. E vou dizer: os bagrinhos estão pegando dezessete anos. Teoricamente, os mais altos vão pegar quantos?”, questionou.

No áudio da conversa que durou cerca de uma hora, Mauro Cid alega que foi quem mais se prejudicou em toda essa história. “Quem mais se f. fui eu. Quem mais perdeu coisa fui eu. O único que teve pai, filha, esposa envolvido, o único que perdeu a carreira, o único que perdeu a vida financeira fui eu”, reclamou.

O tenente-coronel, que desde que assumiu o papel de colaborador tem sofrido ameaças nas redes sociais e teme ser alvo de um atentado, ainda disse mais: “Ninguém perdeu carreira, ninguém perdeu vida financeira como eu perdi. Todo mundo já era quatro estrelas, já tinha atingido o topo, né? O presidente teve Pix de milhões, ficou milionário, né?”.

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