Por Daniel Menezes, de O Potiguar – O governador pelo estado de Minas Gerais Romeu Zema vem dando declarações desde o início do ano contra o norte-nordeste e a favor de uma união eleitoral do sul-sudeste. Ele já afirmou que o sul sudeste é mais desenvolvido porque recebe menos bolsa família e produz mais, que eles deveriam se unir para escolher um candidato e mais recentemente que uma pauta comum deveria ser construída pela região pelos seus interesses.

O governador pelo Rio Grande do Sul saiu em defesa de Zema. Segundo ele, o Sul-Sudeste precisa sim se unir. Depois, pelo fato de ter repercutido mal, ele disse que não pregava separatismo.

O fato é que Zema, Tarcísio e agora Leite competem pelo espólio do bolsonarismo, já que Jair Bolsonaro está inelegível. E daí, como o campo da direita está radicalizado, quanto mais acenos aloprados eles produzirem, maiores as chances de caírem nas graças da militância bolsonarista. É provável que continuem nesta pegada em busca da consolidação da postulação de presidenciável.

A própria saída pela tangente de que a pregação da união sul-sudeste agora é meramente político-administrativa é falsa, na medida em que o consórcio da região já existe e foi institucionalizado em 2019.

Eduardo Leite, presidente nacional do PSDB, vem ao RN no próximo dia 18 desenvolver o que chama de diálogos tucanos. Fica a pergunta: será que aproveitará o ensejo para defender o quanto o nordeste, historicamente pobre porque alijado das oportunidades de geração de riqueza do país, deve continuar a ser tratado como região secundária pelas regiões mais ricas e sempre privilegiadas?

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