Brasil 247 – A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aplicar uma tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros provocou forte reação de entidades representativas do setor produtivo nacional, que saíram em apoio à postura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra a medida. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) e a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) divulgaram notas públicas nesta quinta-feira (10/7) em que criticam o tarifaço imposto unilateralmente por Trump.

As informações foram publicadas pelo portal Metrópoles, que destacou a manifestação da CNA, segundo a qual a medida “não se justifica pelo histórico das relações comerciais entre os dois países, que sempre se desenvolveram em clima de cooperação e de equilíbrio”. A entidade argumenta que a elevação das tarifas é injustificada e trará prejuízos tanto para os Estados Unidos quanto para o Brasil, afetando negativamente empresas e consumidores.

Brasil se torna o país mais atingido pelas tarifas de Trump
Com a nova taxação, que entra em vigor a partir de 1º de agosto, o Brasil se torna o país mais penalizado entre os 22 que foram alvo das sanções comerciais anunciadas por Trump. As tarifas serão aplicadas de forma abrangente, além de outras específicas já existentes, como as que incidem sobre aço, alumínio e agora cobre — este último também atingido por uma nova sobretaxa de 50%.

Desde abril, produtos brasileiros já vinham sendo alvo de tarifas de 10%, o que agora se intensifica com a medida mais agressiva anunciada pelo governo norte-americano. Entre os setores mais afetados estão o agronegócio e a indústria de base, que enfrentam concorrência direta com produtos norte-americanos no mercado internacional.

Hostilidade de Trump ao Brasil e ao Brics

Em sua segunda passagem pela Casa Branca, Donald Trump tem adotado uma postura ainda mais agressiva em relação ao bloco do Brics e ao Brasil. O presidente norte-americano chegou a afirmar que o Brasil “não está sendo bom” para os Estados Unidos e ameaçou aplicar tarifas de até 100% a países que, segundo ele, não se subordinarem aos interesses comerciais de Washington.

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