ICL Notícias – O escândalo financeiro e político deflagrado pelo presidente da Argentina aprofundou-se quando o criador da $LIBRA, Hayden Mark Davis, foi às rede sociais confirmar que é assessor de Javie Milei. O empresário norte-americano publicou vídeo no domingo (16) em que afirma que está “trabalhando com Milei e sua equipe num projeto de tokenização muito maior”.
No sábado (15), após a revelação da fraude, o governo negou a proximidade de Milei com Hayden Mark Davis, CEO da Kelsier Ventures: “O sr. Davis não tinha e não tem nenhuma ligação com o governo argentino e foi apresentado por representantes do KIP Protocol como um de seus parceiros no projeto”, afirmou em nota.
Davis ainda reafirma participação direta do presidente argentino no esquema: “Milei inicialmente apoiou e promoveu ativamente o Libra Token em plataformas de redes sociais, incluindo X e Instagram. Seus associados haviam garantido seu apoio público no lançamento e me asseguraram que esse apoio continuaria ao longo do processo”.
“Minha principal responsabilidade era garantir que o token tivesse volume suficiente, liquidez e uma tesouraria sólida para sustentar seu preço e executar a visão do projeto. No entanto, como assessor, houve muitos fatores que estavam fora do meu controle”, disse Davis.
Pedido de impeachment de Milei
O bloco União pela Pátria na Câmara dos Deputados da Argentina anunciou no sábado (15) sua decisão de avançar com um pedido de impeachment contra o presidente Javier Milei, após o escândalo que surgiu depois que o chefe de Estado promoveu um token digital em suas redes sociais.
“O envolvimento de Milei em um crime de fraude de criptomoedas é extremamente grave. É um escândalo sem precedentes. Nosso bloco de Deputados Nacionais decidiu seguir adiante com a apresentação de um pedido de impeachment contra o Presidente da Nação”, disseram os deputados da oposição.
O advogado e líder social Juan Grabois busca promover uma ação judicial coletiva contra o chefe de Estado, por incentivar a compra de $LIBRA em sua conta X em suas redes sociais. Grabois disse que o presidente “foi um participante necessário em um grande golpe contra dezenas de milhares de argentinos”.
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