Por Leandro Juvino, do Saiba Mais – O Rio Grande do Norte foi o estado do Nordeste que mais reduziu a extrema pobreza no período pós pandemia do Covid-19, como aponta o levantamento elaborado pelo Centro de Estudos de Desenvolvimento do Nordeste, vinculado à Fundação Getúlio Vargas, com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua do IBGE. Apresentando uma redução de 56,9% no comparativo com 2021, o estado teve, em números absolutos, 301.555 pessoas saindo da condição mais grave de pobreza.
O estudo mostra que em 2019 haviam 422.336 pessoas em situação de pobreza extrema no RN, número que pulou para 530.017 em 2021, pior ano da Covid-19 no Brasil. Em 2023 esse contingente caiu para 228,4 mil, menor nível da série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012.
As pessoas em extrema pobreza são aquelas que vivem com menos de 200 reais por mês. E as linhas de pobreza que foram adotadas na análise consideram os parâmetros recomendados pelo Banco Mundial, com 2,15 dólares por dia para o índice de extrema pobreza, e de 6,85 dólares por dia para o de pobreza. Todos os valores consideram a medida de paridade de poder de compra (2017) e foram ajustados a preços médios de 2023, levando em conta o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador que mede a inflação no Brasil.
Em 2023 a tabela acima mostra que o estado com a maior proporção de pessoas em situação de pobreza era o Maranhão, com índice de 52,7%, seguido de Pernambuco (48,3%) e Ceará (48,2%). A menor proporção foi estimada para o Rio Grande do Norte, 43,5%. Tem-se, no período entre 2021 e 2023, uma redução de 57,4% para 47,4% no índice de pobreza da região. Outro dado da pesquisa mostra que, em 2023, a taxa da extrema pobreza no RN caiu para 6,3% da população, a menor entre os nove estados da região.
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