No sermão escatológico de Mt 25, nos versículos 31 a 46, Jesus diz que com Ele entrarão no Céu os misericordiosos, pois “tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me;
Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e foste me ver” (v. 35-36).
No verso 40, Ele explica que quando praticamos tais condutas em favor de um pobre, praticamos em favor do próprio Cristo.
No contexto misericordioso do Evangelho, a misericórdia é atributo indissociável da justiça.
Hoje, 02, Dia de Finados, os cristãos católicos tradicionalmente oram por entes queridos, na esperança de que a oração ajude na penitência dos que estão no purgatório.
Para aqueles que professaram essa devoção, convido a orarmos hoje também pelos indigentes, aqueles que morreram sozinhos na extrema pobreza, sem família e sem amigos.
Aqueles cujo nome por ninguém foi lembrado após a morte e faziam parte dos “irmãos pequenos”, dos quais falou o Senhor no sermão de Mateus 25.
Que possamos orar por eles, na esperança de que a misericórdia é mais forte que a morte.
Na imagem, o “Jesus sem-teto”, do artista plástico canadense Timothy Schmalz, escultura doada pelo Papa Francisco à Arquidiocese do Rio de Janeiro. No pé do sem-teto, a chaga do Cristo crucificado.