Conforme analisado no artigo anterior, Joanna Guerra “partiu para cima” de Rafael Motta, com o qual disputa a “bênção” de Álvaro Dias para a disputa de 2024.
O ataque ocorreu numa entrevista ao Jornal das 6, realizada pelos jornalistas Dinarte Assunção e Gustavo Negreiros, este último estranha e decepcionantemente calmo no dia.
Na ocasião, Joanna afirmou que Rafael não conhece Natal, não entende de gestão nem de máquina pública.
Basicamente, Joanna desqualificou o colega, disparou fogo amigo, apresentando-se como única com fidelidade e preparo suficientes para ser a indicada do prefeito para a disputa de 2024.
O problema, que não sei se foi percebido por Joanna, é que o fogo amigo respinga em Álvaro. Explico.
Uma coisa é Álvaro indicar Joanna num consenso com Rafael. Joana seria não apenas a indicada do prefeito, mas de um grupo coeso e firme do qual o prefeito seria líder.
Mas e se, na disputa interna, Joanna rachar o grupo de Álvaro? Afinal, há quem ache que sua conduta foi desleal com Rafael. Nesse caso, naturalmente, o prefeito perderia poder de barganha, já que talvez parte do grupo não acompanhasse Joanna.
Além disso, a atitude de Joana torna questionável a capacidade de liderança de Álvaro.
Se Álvaro não consegue nem conduzir a disputa prévia entre seus subordinados, como conseguirá guiar o seu indicado na campanha, quando não for mais seu subordinado?
Muitas perguntas e, até agora, só uma certeza: Joanna quer Guerra.