Leonardo Attuch, do 247 – O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, trará na tarde desta quarta-feira uma grande notícia, na coletiva de imprensa em que anunciará os dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) relativos ao mês de julho. Com o resultado daquele mês, o número de vagas com carteira assinada criadas nos sete primeiros meses de 2024 será maior do que o acumulado em todo o ano de 2023. Ou seja: o dado dos primeiros sete meses do ano terá que ser maior do que o saldo de 1.483.598 empregos formais criados em 2023.

Marinho fez essa revelação ao falar no evento de lançamento do livro “10 anos da Operação Lava Jato – A desestabilização do Brasil”, organizado pelas juristas Carol Proner e Gisele Cittadino. No evento, na casa do jurista Cezar Britto, em Brasília, Marinho não antecipou o número exato, mas para superar os dados de 2023, o número terá que ser próximo a 200 mil vagas formais em um único mês – o que representa um resultado extraordinário. O que Marinho antecipou é que os dados referentes aos postos de trabalho na indústria, de maior qualidade e renda, também serão muito positivos.

A explicação para o excelente desempenho do mercado de trabalho são as políticas de ganho de renda que têm marcado o governo Lula 3. É exatamente o aumento do poder de compra na base da pirâmide que tem estimulado a retomada do consumo no comércio, nos serviços e, por tabela, a geração de postos de trabalho. No evento, dirigentes de várias centrais sindicais fizeram um balanço extremamente negativo da Lava Jato, que, segundo o Dieese, destruiu 4,4 milhões de empregos no País.

Em sua fala, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a Lava Jato não apenas ceifou milhões de empregos, como também produziu uma destruição simbólica na imagem das estatais. Seu tom também foi otimista. “Nunca vi o presidente Lula com tanta energia, não só para recuperar tudo o que foi destruído, como também para ir além do que o Brasil tinha alcançado”, afirmou Haddad, que lembrou que as raízes dessa destruição já vinham de antes, a partir dos movimentos de junho de 2013.

Carol Proner, organizadora do evento, também ressaltou a necessidade de se combater os “efeitos permanentes” da Lava Jato, que podem ser caracterizados pelo avanço da financeirização da economia brasileira. Gisele Cittadino, por sua vez, enfatizou a importância de que o Brasil nunca mais permita uma quebra tão violenta do estado democrático de direito.

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